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segunda-feira, 7 de abril de 2008

O grande salvador

Deitada na cama, Régis pensava sobre seus 187 anos de vida. Durante 3 anos ela esteve ali, deitada. Ninguém veio lhe visitar, ninguém ligou, ninguém mandou cartas ou telegramas. Era só ela e ela mesma. Isso tudo aconteceu por conta de um incidente em maio de 1072.
No mundo de Régis, havia o teletransporte e a leitura de mentes. Não havia riqueza, nem probreza e o egoísmo não existia. O seu mundo era chamado de mundo ideal, aonde todas as religiões e crenças viviam em paz e harmonia. Diziam que somente os seres superiores habitavam lá. No entanto, muitas regras deveriam ser seguidas para que esse mundo se mantesse vivo.
No outono de 1072, Régis estava andando em um dos jardins coloridos e pulsantes de sua vila quando avistou um homem muito bonito em sua direção. Desobedecendo uma das regras mais importantes de seu mundo -não é permitido a leitura da mente sem a autorização do que será lido- Régis automaticamente começou a ler a mente do homem.
Como em tudo no seu mundo, num piscar de olhos, duas mulheres de terninho apareceram, seguraram Régis com força e a teletransportaram até a cama que seria o seu habitát durante os próximos anos. Chocada com a violência e a velocidade que tudo aquilo aconteceu, a mulher só pensava em perguntar àquelas duas, "por que?".
Mais tarde, Régis descobriu através do jornal nacional mental que aquele homem era o "salvador", que tinha vindo de outro plano com novas idéias e opiniões sobre o mundo ideal. Seu nome era Susje, mas Régis não gostou nada daquilo. De primeira, Régis percebeu quantas mudanças incertas e talvez negativas aquele homem traria para o seu mundo.
Ao longo dos 3 anos que Régis permaneceu deitada como "culpada", ela pensou sobre aquele seu mundo e aguardou a indesejável morte. Seus filhos, netos e tataranetos sumiram e ela se sentiu sozinha.
Na sua 187 primavera, ela chegou. Com uma capa branca e alguns cadernos na mão, a dona morte a levou à uma sala. Nessa sala, foi decidido seu destino. Régis iria para o inferno.
Cinquenta anos depois, nascia o menino Jesus no Planeta Terra. O resto da história vocês já sabem.



Ps: Daqui a uma hora eu farei 16 anos :)

1 comentários:

Anônimo disse...

Adorei a história, com essa vulnerabilidade de mentes "abertas" o mundo concerteza seria bem diferente, só não sei se pra pior ou pra melhor. Gosto do jeito de como vc se expõe... simples, direta, informal e o que realmente quer dizer.
Beijos