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domingo, 24 de fevereiro de 2008

Desabafo.

Eu não me lembro exatamente o dia que eu fui assaltada, mas foi ano passado.
Eu estava voltando do colégio, e na porta de casa, vi um menino arrumadinho meio perdido. Cheguei perto dele para ajudá-lo a encontrar o seu caminho, mas mal sabia eu que ele queria era o meu ipod. Felizmente, ele só conseguiu levar minha carteira que continha algumas entradas de cinema, quatro fotos 3x4, uma ágatha rosa e uma moeda de 25 centavos. Meu prejuízo material foi zero, o emocional nem tanto.
Demorei meses pra entender porque fiquei tão confusa e perturbada com aquele assalto. É claro que ser assaltada na porta de casa não é a melhor experiência de todas mas peralá, eu não precisa fazer disso um escândalo, até porque eu moro no Rio de Janeiro, cidade grande né pessoar?
No entanto, esse "trauma" não ia me afetar em nada nos próximos 3 meses. Foi agora, quando eu voltei às aulas que eu tive que enfrentar o medo de fazer o mesmo percurso do dia do assalto. Como diz o texto de Wear Sundscreem, "do one thing that scares you every day". Enfrentar um medo não é nada fácil, mas faz parte da vida. Deu tudo certo, e tomara que continue assim (por mais que eu suba esse morro com o coração na mão).
Mas o que eu queria dividir com vocês, meus queridos leitores, é a minha raiva. Eu fiquei com raiva, muita raiva. E depois de ver "Notícias de uma guerra particular", eu tive mais certeza ainda.
Porque que ALGUMAS das pessoas que não nascem com uma situação financeira mais valorizada acham que podem tirar as coisas das outras assim, sem mais nem menos? Sem querer ser escrota, eu não posso fazer nada se nasci na minoria do nosso país e tenho ipod, celular e outras coisas, que agradeço todos os dias por ter. Tudo que eu não uso mais eu levo para instituições de caridade, minha família tem o hábito de ajudar os "desvalorizados" e eu nunca diminuí ninguém por ter menos ou mais dinheiro. Agora, eu mereço isso?
Como eu não mereço, acho que muitas outras pessoas também não merecem esse tipo de coisa. Acho essa merda de assalto uma sacanagem, só mostra como o ser humano é egoísta e só pensa no próprio umbigo! Meus pais lutaram e lutam para me dar o que eu tenho hoje, assim como o meu avô e meu bisavô também lutaram muito. Eu não ganhei essas coisas do nada.
Olha, eu não quero dar uma de "protetora do riquinhos" até porque eu acho que realmente a situação do nosso país tá cada vez pior, mas acho que as pessoas deviam olhar o outro lado da moeda. Também não acho que todos aqueles que são pobres, são ladrões, como eu já disse no começo. Eu só queria desabafar toda essa minha raiva que ficou guardada aqui por muito tempo..

Uma boa semana, e proteção à vocês que andam nas ruas cariocas.
Beijos!

3 comentários:

Anônimo disse...

É Belinha, eu me lembro como você ficou..
foi triste.. e vou te confessar uma coisa, depois que você me contou eu tirei todas as minhas coisinhas de "valor emocional" da minha carteira em caso de eu ser roubada! uhauha
fazer o que, nós temos que estar preparadas ;)

enfim, se cuida e não esquece de mim!
love you!

Anônimo disse...

Eu também lembro. foi péssimo.
Tudo bem.. esse sim foi um trauma de verdade! hahahha

o gatinho é muito fofo!

beijoos

Anônimo disse...

Beeeela, você foi assaltada ?!?!

To brincando! Putz, eu não desejo isso para niguém. Deve ser muito ruim, mas ainda bem que o cara não tava armado e nem pediu pra entrar em casa com você, ja pensou?!

Mas, ja que estamos em um momento de desbafos traumaticos, ai vai:
Estava eu "linda e loira"(eu sempre quis dizer isso) na pausa da minha aula de volei de praia. Não tinha coisa melhor, finalzinho de tarde, vendo o por do sol conversando com os amigos, e bebendo aquela aguinha gelada depois do treino. Me chega um muleque, que parecia ser da nossa idade, e enquanto conversavamos em uma rodinha perto do calçadão, ele sem ninguém perecer mete seu singelo dedinho no cordão de ouro de uma amiga nossa. Cara, foi tão rapido que nem deu para avisar ou empedir. O menino pegou o cordão e com os chinelos na mão começou a correr muito, muito rapido até virar a esquina lá longe. Tá, não foi comigo mais foi a 37cm de mim. Infelizmente moramos em uma das cidades mais bonitas do mundo, mas a sociedade ainda não evoluiu por completo. Não podemos esquecer também, que a sociedade é muito hipocrita, pois em aniversarios de 15 anos com convite na porta, os celulares e bolças não são roubadas por pivetes de rua. Enfim, o que temos que fazer e sempre dar um toque no colega do lado quando ele esta prestes a fazer merda. Talvez não adiante muito, mais estaremos fazendo nossa parte.

E isso ai Belinha!
Obrigada pela carona hoje, salvou minha vida!
E prestenção aqui moçinha, não quero ficar te cobrando mais para postar no seu flog tá!
saiba que vc tem LEITORES! E ISSO É CHIQUÊ BÉM!

beijos amiga!

Amanda Vieira.